Fome de Cultura: cartão postal é um refúgio natural e cultural no coração da cidade

No ritmo intenso da capital paranaense, o Jardim Botânico de Curitiba emerge como um oásis verde, onde o encontro entre a beleza natural e a ciência botânica cria uma das paisagens mais emblemáticas da cidade. Inaugurado em 1991 e inspirado nos jardins franceses, o espaço de 278 mil metros quadrados encanta não só pela sua estufa de vidro – que se tornou um cartão-postal de Curitiba –, mas também pela riqueza do acervo de plantas nativas e exóticas cuidadosamente mantidas.

A estufa, com seus 458 metros quadrados, abriga uma amostra viva da flora típica da Mata Atlântica, dando aos visitantes a oportunidade de caminhar entre espécies botânicas nativas e raras, todas expostas em uma arquitetura de ferro e vidro. Para quem busca uma imersão mais profunda na ciência e na preservação ambiental, o Botânico ainda conta com o Espaço Cultural Frans Krajcberg, uma galeria de esculturas e peças do artista polonês que usava troncos queimados para denunciar a devastação das florestas brasileiras.

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Mas o parque – que não é parque, mas sim uma unidade de preservação – vai além de uma simples visita ao verde. Ele é, também, um laboratório a céu aberto. A estrutura abriga o Museu Botânico Municipal, onde especialistas desenvolvem estudos e pesquisas botânicas em um herbário que contém cerca de 400 mil espécies catalogadas. Este trabalho de preservação e conhecimento coloca Curitiba na vanguarda da conservação ambiental, atraindo tanto cientistas quanto amantes da natureza.

Passear pelo Botânico é redescobrir o valor do contato com a natureza em meio à urbanidade. Em suas trilhas, o visitante pode explorar o Jardim das Sensações, um espaço que estimula o toque e o olfato, convidando o público a vivenciar as texturas e aromas das plantas em um passeio sensorial que desperta todos os sentidos.