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Fome de Cultura: 5 murais para conhecer em Curitiba

Não sei vocês, mas Curitiba é tão linda que é impossível andar na rua e não parar para apreciar um pedaço de história ou obra de arte ao longo do caminho. Sendo um verdadeiro museu a céu aberto, parte da beleza da cidade são seus murais espalhados pelos bairros.

Essas peças refletem a alma artística e única da capital, afirmando a relação do curitibano com a arte. Como parte intrínseca da cultura local, hoje te contamos 5 murais para conhecer em Curitiba. Ah, também te levamos para conhecer cada espaço aqui!

DUQ Restaurante por André Mendes

Com 38 metros de altura e uma identidade única, a fachada de uma das novidades culinárias da cidade chama a atenção de quem passa. O DUQ Restaurante, com pouco mais de um ano de operação, já ocupa seu espaço no meio gastronômico curitibano. Mas, para os que ainda não provaram as delícias do cardápio, o restaurante fica conhecido pela sua presença na arte de rua da capital.

O mural assinado por André Mendes combina traços livres e formas orgânicas que juntos revelam rostos com fluidez e singularidade. O artista ainda desafia a ideia de espaço, atravessando os limites das paredes com linhas continuas.

O curitibano ja levou suas obras a Paris, Suíça, Roma, Singapura e outras grandes metrópoles. Na capital paranaense, onde trabalha atualmente, seu olhar único se transforma em arte nas paredes da Sanepar, do Colégio Marista Anjo da Guarda e no Hospital Pequeno Príncipe.

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Foto: Reprodução/Instagram

Endereço: Al. Dr. Carlos de Carvalho, 360 – Centro

Monumento do Centenário da Emancipação Política do Paraná por Eber Stenzel, Humberto Cozzo e Poty Lazzarotto

Localizado na Praça do Homen Nú, o mural traz como tema as etapas de desenvolvimento do Paraná, desde o extrativismo, a colonização, os ciclos do trigo, da erva-mate e até do café. Hoje, o munumento é um bem tombado pelo Patrimônio Cultural do Paraná e está no local desde 1953.

A obra conta com duas faces, uma feita pelos artistas Stenzel e Cozzo e outra por Poty Lazzarotto. O lado de Stenzol e Cozzo é uma obra em baixo-relevo, enquanto a de Poty conta em sete quadros de azulejos azuis a emancipação política do Paraná.

As estátuas da praça também são assinadas por Stenzel e Cozzo/Foto: Daniel Castellano/SMCS

Stenzel e Cozzo estenderam sua parceria às esculturas que hoje dão nome à Praça. Intituladas “Homem Paranaense” e “Justiça”, as peças não estavam nos planos originais da praça. Enquanto o “Homem Nu”, que simboliza o progresso do estado, estava planejado para morar em frente ao Palácio Iguaçu, a “Mulher Nua” era destinada ao Tribunal de Justiça.

Foto: Circulando Curitiba

Já os trabalhos de Poty Lazzaroto estão espalhados pela cidade e pelo mundo! A artista multifacetado estendeu seu talendo aos murais do Largo da Ordem, Teatro Guaíra e na Praça das Nações. Em homenagem ao seu centenário, o Museu Municipal de Arte apresenta a exposição “Poty de Curitiba, Curitiba de Poty”, que fica em cartaz até 09 de dezembro.

Endereço: Praça Dezenove de Dezembro

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Gralha-Azul por Ida Hannemann de Campos

Anunciando a chegada dos que vem do Centro ao Cabral, o mural que agracia as paredes do Asilo São Vicente de Paulo apresenta símbolos do Paraná, como o pinhão, a vista da Serra do Mar e a gralha-azul. Além de ter deixado sua marca nas ruas da cidade, Ida, que se dedicou a outras formas de arte como tapeçaria, hoje dá nome a um CMEI, deixando a arte como legado aos pequenos.

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Foto: Fotografando Curitiba

Endereço:  R. São Vicente, 100 – Juvevê

Preta do Sul por Rimon Guimarães

Cores fortes, formas abstratas e um estilo marcante caracterizam o estilo de Romon Guimarães, artista que embeleza as ruas da capital. O grafiteiro curitibano deixa sua marca em diversos pontos da capital e em mais de 25 países ao redor do mundo. Visitamos a peça “Preta do Sul”, que agracia a lateral da Casa Hoffmann.

Foto: Reprodução/Instagram

A pintura que mora hoje na Rua Dr. Claudino dos Santos não é a primeira de Rimon a ocupar o espaço. Em 2011 o artista fes sua primeira intervenção na Casa e quando convidado para restaurar o trabalho, decidiu começar do zero com uma nova proposta. O resultado é um novo mural que exalta as vivências da mulheres negras sulistas. No turbante, associado com as raízes africanas, o curitibano decidiu trazer signos que representassem a capital.

Em entrevista a Pino, quando foi questionado a respeito do novo mural, Guimarães conta que “quando fazemos obras em espaço público, temos que estar cientes de que elas são efêmeras. Afinal, tudo é efêmero”.

Endereço: R. Dr. Claudino dos Santos, 58 – São Francisco

Rio Iguaçu por Rogério Dias

Por fim, mas não menos importante, um dos símbolos do estado ganha vida no Juvevê. Com nascente em Curitiba e desaguando no Paraná, o Rio Iguaçu é protagonista no mural da famosa praça ao lado do Museu Oscar Niemeyer. A obra que narra as belezas do estado foi trazida à vida pelas mãos do paranaense Rogério Dias.

Assim como o caminho extenso que o rio faz pelo estado, o mural cobre diversas áreas da identidade paranaense. A fauna e a flora, os povos originários e a primeira excursão a alcançar as Cataratas, liderada pelo espanhol Álvar Nuñez Cabeza de Vaca.

Foto: Fotografando Curitiba

O mural foi desenhado pelo paranaense, colorido pelo artista Said e excecutado num mural de azulejos de quase 50 metros de extensão por Lycio Esmanhoto. Rogério não participou da última parte do processo, pelo contrário, ele conta que “de repente estava pronto”.

Endereço: Praça Rio Iguaçu – Juvevê

Foto: Reprodução/Instagram