Da curiosidade nasce um projeto de vida. Foi assim que o Museu de Arte Indígena tomou forma. O que começou com a fascinação sobre os povos originários de Julianna Podolan Martins, hoje, depois de mais de 27 anos de estrada, se tornou o primeiro museu de iniciativa privada do país dedicado exclusivamente à arte indígena – e fica em Curitiba!
A história do MAI começou em 1997 com as expedições particulares de Juliana que a levaram a subir o Rio Xingu, onde se apaixonou pela cultura indígena. A coleção do museu reflete a história da expedicionária: as peças dos primeiros anos de campo foram escolhidas por pura curiosidade e, com o passar dos anos, cada artefato carrega uma intencionalidade e categorização própria. Ainda hoje a idealizadora do museu continua dividindo seu tempo entre a administração do museu e suas expedições.

A primeira casa do MAI foi em Clevelândia, depois de Podolan perceber a falta de um espaço dedicado à arte indígena no estado. O museu foi inaugurado em 2009 e atendia 22 municípios do interior do Paraná, mantendo o vínculo entre os artistas e o público. Em 2014 surgiu a oportunidade de trazer a instituição à capital e dois anos depois, em 2016, o Museu de Arte Indígena abriu as portas em Curitiba, expandindo o alcance para todo o país.
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A missão da instituição segue com um teor educativo, sensibilizando as crianças e adolescentes a respeito da sua herança cultural, respeitando a história brasileira e resgatando a memória das culturas indígenas do país. Assim, a coleção do MAI viaja, levando suas peças a outras organizações. Um exemplo dessa prática é a temporada que algumas peças do acervo plumário ficaram em exposição no Museu Oscar Niemeyer. Além disso, de segunda à sexta a equipe do MAI apresenta aos pequenos os segredos da cultura originária.
Ao entrar no espaço o visitante se depara com uma loja repleta de produtos autênticos, selecionados pela curadoria do museu. Já no primeiro andar mora o chamado acervo vivo da coleção, as peças de arte plumária, com cocares, braçadeiras e brincos. No último pavimento, a arte utilitária ganha destaque com cerâmicas, máscaras, bancos e a canoa. Ao total, são 60 etnias brasileiras e cerca de 500 peças, com a reserva técnica, esse número chega a 80 etnias.
Serviço – Museu de Arte Indígena
Endereço: Av. Água Verde, 1413 – Água Verde
Funcionamento: de segunda a sexta, das 10h às 17h30
Ingressos: R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia)